quarta-feira, 17 de março de 2010

Algumas coisas nunca mudam....

Algumas coisas nunca mudam, nunca passam, nunca se desfazem. Outras, no entanto, passam tão rápido como uma brisa, como uma gota de chuva.
Saber aceitar que existem coisas assim, tão diferentes, tão efémeras, é o primeiro passo para não nos sentirmos traídos por elas. Aliás, tolos são aqueles que se sentem traídos por achar que uma gota de chuva se demoraria tanto em passar por sua pele ou por achar que aquela brisa suave que lhe trazia conforto ficaria imóvel, permanente. Mais tolos e imaturos ainda são aqueles que culpam a brisa ou a gota, dizendo que trouxeram uma felicidade falsa, uma espantosa alegria momentânea, a ilusão do ser feliz.
A gota e a brisa nunca objetivaram causar tais sensações aos seres. Elas apenas existiram em seus caminhos, persistindo-os com seus objetivos naturais. A brisa e a gota de chuva foram sempre elas mesmas, verdadeiras, naturais e, aquele que se enganou ou sentiu-se enganado por elas, nenhum direito tem de reclamar. Elas estavam ali seguindo. Foram tais tolos que nunca quiseram aceitar que elas não poderiam fazer parte de sua vida. Que elas eram algo bem maior do que ele poderia suportar, tanto no que causavam a ele, como no que elas realmente são.

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